É possível adaptar a prescrição de nutrição parenteral para controlar a hiperglicemia?

A A.S.P.E.N. recomenda que a quantidade de carboidratos na NP não exceda 7g/kg/dia e que a glicemia dos pacientes seja monitorada e controlada entre 140-180mg/dL. Pacientes com glicemia compensada antes da NP podem se beneficiar de um protocolo de oferta progressiva de glicose até atingir a necessidade calórica.

No caso de pacientes não críticos, diabéticos e insulinodependentes, a NP deve conter lipídios (TCL/TCM) adicionada de insulina regular (1UI/10g de glicose) até a compensação metabólica. Para pacientes críticos e com resistência insulínica, uma opção é a NP 3:1 com oferta progressiva de glicose, sendo a insulina administrada em outro acesso por gotejamento contínuo.

O uso de medicamentos que alteram a glicemia (como corticóides e diuréticos) também deve ser considerado na adaptação da NP.     

Legenda: A.S.P.E.N., American Society for Parenteral and Enteral Nutrition; NP, nutrição parenteral; TCL, triglicerídeos de cadeia longa; TCM, triglicerídeos de cadeia média; UI, unidades internacionais.

 

Referência bibliografia

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