A disfagia é comumente associada ao AVC, sendo apresentada por mais da metade dos pacientes
Em adultos e idosos, as limitações funcionais resultantes do envelhecimento podem ser potencializadas por alterações neurológicas e resultar em quadros de disfagia, uma importante causa de morbidade e mortalidade nesta população. A disfagia é comumente associada ao AVC, sendo que mais da metade dos pacientes apresentam, além desse sintoma, entre seis e dez tipos de deficiência, como fraqueza muscular, perdas de comunicação e incontinência urinária. Em relação à deglutição, o curso da doença implica em aumento do tempo de trânsito orofaríngeo, alterações no controle motor da língua, bem como a presença de aspiração laringotraqueal de alimento. A assistência pós-AVC deve englobar não só a disfagia, mas também todas as outras limitações trazidas pela doença para que haja real melhora na qualidade de vida do paciente.
Referências:
Lawrence ES, Coshall C, Dundas R, et al. Estimates of the prevalence of acute stroke impairments and disability in a multiethnic population. Stroke. 2001;32(6):1279–84.
Power ML, Hamdy S, Goulermas JY, Tyrrell PJ, Turnbull I, Thompson DG. Predicting aspiration after hemispheric stroke from timing measures of oropharyngeal bolus flow and laryngeal closure. Dysphagia. 2009;24(3):257–64.
Terré R, Mearin F. Resolution of tracheal aspiration after the acute phase of stroke-related oropharyngeal Dysphagia. Am J Gastroenterol. 2009;104(4):923–32.
Warnecke T, Teismann I, Meimann W, et al. Assessment of aspiration risk in acute ischaemic stroke – evaluation of the simple swallowing provocation test. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2008;79(3):312–14.