A desidratação é um problema comum em disfagia, principalmente quando alterações na consistência da dieta são necessárias
Estima-se que a disfagia possa afetar mais de 50% dos pacientes que apresentaram AVC. Felizmente, a maioria destes pacientes recupera a função de deglutição dentro de 7 dias, sendo que apenas cerca de 11-13% permanecem disfágicos após 6 meses do episódio. Existe um estudo (Broadley S et al, 2003) o qual refere que 80% dos pacientes que apresentam disfagia persistente, necessitam de via alternativa de alimentação, como a nutrição enteral. A complicação mais temida de disfagia após acidente vascular cerebral é a pneumonia aspirativa, entretanto a desidratação e desnutrição são comumente observadas nestes pacientes, principalmente naqueles que necessitam de espessamento de líquidos e dietas adaptadas. Outro estudo (Gordon et al ,1987) indica que cerca de 58% dos pacientes disfágicos pós-AVC tinham sinais de desidratação. É importante que a equipe esteja atenta aos sinais de desidratação, para que possa oferecer assistência adequada e localizar a necessidade de possíveis ajustes na alimentação do paciente.
Referências:
González-Fernández M, Ottenstein L, Atanelov L, Christian AB. Dysphagia after Stroke: an Overview Curr Phys Med Rehabil Rep. Sep 2013; 1(3): 187–196.