ácidos Graxos Polinsaturados no óleo de peixe
Ácidos Graxos Polinsaturados no óleo de peixe
Nutr. Isabella Pimentel
Ácidos graxos poliinsaturados são ácidos graxos essenciais reconhecidamente cardioprotetores. Os ácidos graxos da família Omega 3 – Eicosapentaenóico (EPA) e Docosahexaenóico (DHA) – são derivados marinhos com ação hipolipemiante e antiarrítmica, além de atuar em outros fatores de risco cardiovasculares2. A maior fonte dietética desses ácidos graxos são óleos de peixe e animais marinhos, incluindo salmão, os quais obtém EPA e DHA a partir de microorganismos marinhos presentes em águas profundas e frias. O ácido graxos alfa linolênico também é integrante da família Omega 3, de origem vegetal, sendo não conclusivo seu papel na prevenção e tratamento de DCV e seus fatores de risco.
A suplementação com óleo de peixe ainda é controversa, porém, em termos populacionais, o consumo de peixes ricos em EPA e DHA pode favorecer a prevenção das DCV. A recomendação atual é que a população aumente o consumo semanal de peixes para no mínimo duas porções por semana. É estimado que em população de alto risco cardiovascular, um consumo ótimo de peixes é entre 40 e 60g por dia o que reduziria a aproximadamente em 50% a morte por doença arterial coronariana. Em um estudo sobre dieta e reinfarto com duração de 2 anos, a mortalidade foi reduzida em 29% entre sobreviventes de um primeiro infarto entre aqueles que receberam a orientação de consumo de peixe no mínimo de 2 vezes por semana.
Entretanto questiona-se a qualidade nutricional dos pescados naturalmente fonte de ácidos graxos EPA e DHA, especialmente o salmão proveniente de cativeiro, alimentado com rações. Apesar de não ser um peixe produzido em nosso país e ter um custo mais elevado que outros pescados, como a sardinha que também apresenta Omega 3, o salmão é atualmente uma opção para o aumento do consumo de EPA e DHA tendo em vista sua disponibilidade comercial em supermercados e restaurantes.