Descoberto em 1817 pelo químico sueco Jöns Jacob Berzelius, o selênio é um mineral fundamental para a manutenção da saúde humana.
Dentre as suas principais funções no organismo, podemos citar o seu potencial antioxidante, participação na conversão e ativação de hormônios tireoidianos, proteção contra metais pesados e xenobióticos, redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis e atuação no sistema imunológico (melhora da imunidade).
O selênio é distribuído de maneira heterogênea na natureza, isto é, sua presença varia de acordo com a região. O mesmo alimento pode conter quantidades diferentes de selênio, conforme o solo em que foi cultivado.
Assim, áreas com solo pobre em selênio (como Dinamarca, Nova Zelândia e algumas regiões da China), resultam em alimentos também deficientes no mineral.
Alguns trabalhos avaliaram a deficiência de Selênio nos solos ao redor da cidade de Sâo Paulo, no nosso cinturão verde. Essa deficiência pode levar a produtos vegetsis com baixa concentração de Selênio.
Embora a variabilidade existente em fontes vegetais, o alimento mais rico em selênio registrado até hoje é a castanha-do-brasil (castanha do Pará). Uma única castanha, que pesa em média 5g, possui cerca de 95,8 µg de selênio em sua composição.
Por outro lado, outras oleaginosas não possuem quantidades tão expressivas por porção.
Vejamos algumas delas:
-Castanha-de-caju: 1,99 µg/porção de 10 gramas
-Amêndoa: 0,41 µg/porção de 10 gramas
-Noz pecan: 0,38 µg/porção de 10 gramas
-Macadâmia: 0,36 µg/porção de 10 gramas
A ingestão dietética recomendada de selênio para adultos a partir de 19 anos é de 55 µg/dia, sendo que o limite máximo tolerado de ingestão diária é de 400 µg/dia.
Outros alimentos fontes são as carnes, frutos do mar, peixes como merluza, sardinha e atum enlatado, fígado e ovos.
Dr. Daniel Magnoni