O zinco é um micronutriente indispensável para o funcionamento adequado do organismo humano. Constituinte principal de mais de 300 metaloenzimas, atua no sistema imunológico, no processo de divisão celular, no desenvolvimento reprodutivo e no reestabelecimento de pele e ferimentos.
A deficiência de zinco é uma das carências nutricionais com maior importância epidemiológica.
Sua ocorrência normalmente deve-se a ingestão inadequada, aumento das necessidades, má absorção, perdas aumentadas e utilização prejudicada.
Estima-se que no Brasil, cerca de 20,3% da população apresente risco de ingestão insuficiente.
Os principais sintomas do déficit deste mineral são: anorexia, alterações no paladar, alopecia, diarreia, intolerância a glicose, hipogonadismo, redução da função imune e lesões cutâneas. Na infância e adolescência, também podem comprometer o crescimento adequado.
De acordo com o Institute of Medicine, a ingestão dietética recomendada de zinco para adultos acima de 19 anos é de 8 mg/dia para mulheres e 11 mg/dia para homens.
Apesar do risco de deficiência, o zinco está amplamente distribuído nos alimentos e com uma adequada ingestão alimentar, não é difícil obtê-lo pela dieta.
Suas principais fontes são as carnes vermelhas, frutos do mar, grãos integrais e cereais.
Vejamos as quantidades estimadas em alguns alimentos /100g
Acém (sem gordura)cozido: 8 mg
Caranguejo cozido: 5,7 mg
Contra-filé (sem gordura) grelhado: 5,1 mg
Queijo prato: 3,5 mg
Pernil de porco assado: 3,3 mg
Coxa de frango assada: 2,6 mg
Sardinha em conserva: 1,6 mg
Pão de forma integral: 1,6 mg
Ovo de galinha cozido: 1,2 mg
Lentilha cozida: 1,1 mg
Iogurte natural: 0,4 mg
Queijo Minas Frescal: 0,3 mg
Nos casos onde a aquisição pela alimentação for insuficiente, pode-se recorrer a suplementação, mas sempre observando os limites máximos tolerados de ingestão. Os suplementos podem ser uma estratégia no combate à carência do mineral e manutenção da saúde de grupos mais vulneráveis à deficiência, como crianças, idosos e desnutridos.